Apesar
de ter me cansado por não poder sair do lugar, apesar de ter me cansado
fazer\falar coisas impulsivamente e acabar ferindo a ti, de ter me cansado
por me prender\cativar\agarrar automaticamente contigo de tal forma que me
tornasse quase um animal semi-domesticado que não aceita a presença de
outros, por não poder ser\ter tudo pra tornar-te a pessoa mais feliz de
qualquer lugar habitado ou já habitado... Por eu ter meus mil truculentodefeitos
camuflados que quando se mostram, saem à tona, explodem atingindo dimensões quilométricas
do que eu sou, do que tu és e do que és pra mim, assim como do que sou pra ti.
Apesar de me sentir incapaz e saber que realmente sou... Tenho meu maior apreço
pelo que não somos nós, pelo que não seremos e nunca fomos.
Ainda sim, sentindo o que também sei que sentes por mim, sinto-me inútil,
inabitável e inábil a tal amor que talvez – e enfatizo meu “talvez” – não devesse existir, assim como eu. De fato, eu me sinto inválida,
apesar das mil e uma utilidades
(como dizem por aí). Às vezes falo comigo mesma que, já que existo, ao menos
deveria fingir não existir: isolar tudo o que eu sinto e
não deixar que os outros percebam nem mesmo uma gota dos pontos finais ou
vírgulas dos meus sentimentos (profundos ou não).
Achoq isso é o que é o amor.
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