quarta-feira, 30 de junho de 2010

porque?

B: Nate está esperando pela minha resposta.
C: Eu soube.
B: Não quer saber o que está me impedindo? Não posso responder a ele sem saber da sua resposta. Daquela pergunta que te fiz há muito tempo. O que somos, Chuck?
C: Blair...
B: No último outono, você falou que não poderíamos ficar juntos. E acreditei em você. Mas cada vez que tento seguir em frente, você aparece, agindo como...
C: Agindo como o quê?
B: Como... Talvez só queira que eu seja tão infeliz quanto você é.
C: Nunca desejaria isso a ninguém. Quero que seja feliz.
B: Então olhe bem fundo na sua alma, que sei que tem, e diga se o que sente por mim é verdadeiro. Ou se é um jogo. Se for real... Daremos um jeito. Todos nós. Mas se não é... Então, por favor, Chuck, deixe-me ir.
C: É só um jogo. Odeio perder. Está livre para ir.
B: Obrigada.
S: Chuck, por que fez isso?
C: Porque a amo. E não posso fazê-la feliz.

sábado, 26 de junho de 2010

Coração: maldito orgão involuntário sem função.






Apesar de ter me cansado por não poder sair do lugar, apesar de ter me cansado fazer\falar coisas impulsivamente e acabar ferindo a ti, de ter me cansado por me prender\cativar\agarrar automaticamente contigo de tal forma que me tornasse quase um animal semi-domesticado que não aceita a presença de outros, por não poder ser\ter tudo pra tornar-te a pessoa mais feliz de qualquer lugar habitado ou já habitado... Por eu ter meus mil truculentodefeitos camuflados que quando se mostram, saem à tona, explodem atingindo dimensões quilométricas do que eu sou, do que tu és e do que és pra mim, assim como do que sou pra ti. Apesar de me sentir incapaz e saber que realmente sou... Tenho meu maior apreço pelo que não somos nós, pelo que não seremos e nunca fomos.


 Ainda sim, sentindo o que também sei que sentes por mim, sinto-me inútil, inabitável e inábil a tal amor que talvez – e enfatizo meu talvez – não devesse existir, assim como eu. De fato, eu me sinto inválida, apesar das mil e uma utilidades (como dizem por aí). Às vezes falo comigo mesma que, já que existo, ao menos deveria fingir não existir: isolar tudo o que eu sinto e não deixar que os outros percebam nem mesmo uma gota dos pontos finais ou vírgulas dos meus sentimentos (profundos ou não).


Talvez, de alguma forma, eu esteja mesmo pagando por uma “vida passada” em que tive muito amor e acabei me dando o luxo de pisar a ponto de esmagar. De qualquer forma, carma ou não, apesar disso tudo, apesar de tantos outros motivos, não sei deixar de pensar em estar ao teu lado, mesmo não sabendo o que é estar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Talvez...





                      



                        


Não me procura que eu vou ao teu encontro,e se eu te procuro não me deixe em prantos.Fiz tanta besteira por me perder de você e me achar outra vez,machuquei involutariamente,secretamente e discretamente,outros corações.Masoquismo mesmo é gostar do coração doendo desse jeito e alimentar tal dor,o que machuca mais é acreditar que um dia ...E eu não presciso completar a frase,é aquela velha historia do “um dia”.



Olhar pra trás,pra frente e pra dentro...E encontrar só tua essência , nada mais.Coração jorrando meu sangue ate soltar os sentimentos.Aquece,mas dói um tanto que...Unicamente “que”.Eles têm razão quando dizem que te absorvi demais em meus pulmões...E continuo.A verdade é que queria você por perto pra reclamar do cheiro de cigarro misturado ao perfume da minha blusa.Esse é só um texto em andamento ,eu sei , minhas palavras parecem fugir por todos os lados e por pouco fazem algum sentido.É um texto em andamento que irá continuar assim,talvez,um dia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

25 de Dezembro




Com a nossa separação... 
... Ambas perdemos muito.
Eu perdi porque você foi a pessoa que mais amei em minha vida.
Você perdeu, porque fui a pessoa que mais te amou em toda sua vida.
Mas de nós duas, você foi a pessoa que mais perdeu porque...
...eu posso vir a amar outra pessoa como eu te amei.
Mas você jamais terá alguém que te ame tanto quanto eu.

domingo, 20 de junho de 2010

Saudade


                
                                             

Eu liguei pra dizer que estava com saudade de ouvir tua voz, já faz tempo que não escuto, nem pelo vento, nem pelo tempo. Queria saber... Quer juntar tua escova de dentes com a minha por alguns dias, ao menos? Ou então quer esperar teu café da manhã na cama, chá da tarde na varanda e assistir filmes ruins comigo? É que já fugi tanto... Mas a verdade é que corri em círculos. Porque pior que fugir de você, é fugir de mim, não existo por completo se você não existe aqui. Só engano a mim, os outros mesmo vêm que um sorriso falso e amarelo não representa nada além do vazio que me faz sentir. É cansativo procurar em outras bocas teu sorriso, em outro colo teu abrigo... Procurar em outros olhos os teus olhares, já não me traz mais nada.
 

Não é que eu não tenha nada pra fazer, mas é que as coisas simplesmente não andam... Por mais que eu as empurre, tudo permanece no lugar e então me sinto fraca, frágil, melancólica, chata e sem graça, por onde eu passo não fica brilho, na cama que eu deito é só vazio e solidão. Às vezes o céu até chora por mim e lava minha alma, às vezes ele se irrita, manda raios, relâmpagos e trovões, mas mesmo que eu peça desculpas por não ter você aqui, ele grita, chora e se irrita mais. Acho que o céu não entende que a culpa não é minha, acho que ele pensa que fazer água bater na minha janela e ventar na minha cortina vai trazer você aqui... Antes fosse fácil assim.
 

Como se já não bastasse, os pássaros lá fora me fazem despertar do único lugar que eu a encontro, eu me irrito com eles, quase os mando sair da sacada. Mas acontece que sem você eu fico tão sozinha que prefiro que continuem me irritando. Não é que isso tudo me deprima, de certa forma me faz bem, o que faz mal mesmo é saber que só irá continuar em palavras. Por isso eu prefiro acreditar que as coisas não são assim, em vão, por isso eu prefiro sentir doer à não sentir nada.
 

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sede

                   

 

 

 

 

 

Às vezes prefiro me calar diante de você e apenas olhar como quem olha quadros em um Museu de Artes, percebendo cada detalhe da tua face e dos teus gestos. Ou então me calo e penso nas mil coisas que queria dizer, até que você pergunta:

O que você está pensando?
Eu olho por alguns segundos, tudo que passa na minha cabeça é que eu queria muito estar com você, que tudo em você é lindo, que eu fico hipnotizada quando você sorri e que até tento fazer meus olhos piscarem junto com os teus. São tantos “que”... São tantos motivos pra me sentir desconsertada com tua presença. Formulo em minha cabeça respostas que não conseguiria dar – aliás, conseguiria, mas como eu disse, às vezes prefiro me calar – e continuo a olhar: Eu não sei se sei amar direito, eu não sei se é possível tal coisa em tal proporção, só sei que gosto dos teus olhos apertados e cheios de palavras, gosto da tua boca que me cala sem tocar, do teu cabelo caído em volta do pescoço, de como você morde os lábios de leve quando os sente secos.
Nada, só estou te olhando – seguido de um sorriso sem graça, não tão branco.
Você sorri pra mim, com olhos de amor, com olhos de quem só quer fazer bem a mim, com aqueles olhos que refletem o que eu sinto sem poder entregar. Então por alguns segundos – minutos, talvez – eu tenho a mais pura certeza de que passei em teu pensamento como algo mais, com mais cor, com mais vida... E ainda sim que eu me sinta cinza, você me diz:
Você não é cinza, você é amarelo!
Até me convence por alguns instantes, mas eu não sou uma cor tão vibrante e alegre assim. Nos meus olhos, digo. Nos teus... Já nos teus olhos que fumam minhas palavras como um cigarro inacabável, que degustam como o vinho mais antigo e puro... Eu me sinto de todas as cores, me sinto vibrante, sinto como se eu não pudesse morrer por dentro, nem por fora... Mas em um momento eu acordo, teus olhos estão distantes dos meus, teus lábios e teu colo pertencem a outra. Eu suspiro e anseio um tanto por toda essa tua essência que poderia me afogar em meio aos meus desejos, tão meus, tão teus.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Palavras Empoeiradas

                


Sentei ali por horas, num ato narcisista e egoísta, em frente ao espelho, como se eu fosse somente pra mim mesma. Estou me sentindo auto-suficiente e isso nem é da minha personalidade, logo eu que sempre fui carente de atenção, amizade, amores etc. Não tenho vontade de fazer nada, e quando não faço nada, sinto vontade de fazer alguma coisa... Inconstante... Dizem que isso sim é de mim. Mas só eu me conheço o bastante pra dizer, só eu sei o que se passa aqui dentro, por mais que eu diga com as mais claras palavras, não será a mesma coisa que sentir as coisas que eu sinto, não tornará nada mais compreensível.


Analisei com meus próprios olhos, tudo o que as pessoas conseguem ver em mim, só vi as coisas ruins, mas apreciei do mesmo jeito. O olhar mórbido de quem despreza o mundo, as olheiras de quem não dorme nunca, os lábios secos e frios que arranham cada palavra que eu digo, as sobrancelhas apertadas de quem prefere enxergar longe daqui. Meu sorriso nem é de verdade, é tão forçado que já parece natural... Nem sinto que envelheci – digo de aparência mesmo – pareço ter treze anos, as cicatrizes mesmo ficaram por dentro. Tantas vezes procurei fora o que estava dentro de mim. Bem, na verdade... Nem sei o que eu procuro mais, não sei o que acontece quando não encontramos nem fora e nem dentro, o que acontece quando tudo parece desnecessário e óbvio, quando não existe mais força de vontade. Parece até que morri... Parece que morro todos os dias mais uma vez. Fria, seca, cinza... Neutra.

domingo, 6 de junho de 2010

Chazinho GLS



                                         Chazinho GLS



Hoje em São Paulo acontece a 14ª PARADA DO ORGULHO GAY...
É um tanto fora do comum já chegar aqui falando quem eu sou , como eu sou e quais são meus defeitos. Me confesso desde já como ligeiramente lésbica,digo sim e digo mais se você não gosta de viado e sapatão... Fique em casa.Mas não estrague a festa nem o direito que o outro tem de se fazer notar. A Parada Gay de São Paulo é uma das maiores do mundo. Reúne milhares de pessoas de todos os lugares, classes, raças e opções sexuais. A maioria dos participantes são gays, mas muitos héteros vão até a festa..É mais que óbvio que não estarei lá.


Todo ano o número de pessoas lutando por seus direitos tem dobrado,esse ano já estando com cerca de três milhões de manifestantes.A manifestação, que terá como tema Vote Contra a Homofobia – Defenda a Cidadania, vai pedir aos participantes que votem em candidatos que assumam e defendam publicamente a causa LGBT. O voto deve ser dado aos que assumidamente defendem a causa LGBT(Lésbicas,Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais).Para quem não sabe ,isso não é um recado só para nós, mas para todos que querem eleger um país mais democrático. Você se lembra em quem votou?O que fez para a população LGBT? Porque a gente consegue levar milhões para uma parada, mas não consegue eleger candidatos LGBT?Esse é o meu recado espero ter representado nessa publicação, o meu interesse e séria vontade em melhorar nossas condições no Brasil.Abaixo uma demonstração que podemos sim continuar lutando por uma sociedade melhor.
  Manchete de 1983 do jornal sensacionalista "Notícias Populares"

Quem diria em São Paulo? E hoje estamos realizando 14° parada...